LIVRAI-NOS DO MAL

“E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém.”

(MATEUS 6:13 – tradução NVI)

I - PANORAMA GERAL

JESUS, na oração do Pai Nosso (Mateus 6:9-13), nos ensina que devemos pedir ao PAI para que ELE nos livre do mal.

Como foi o próprio JESUS que nos instruiu orarmos assim, compete a nós obedecer, pedindo ao ALTÍSSIMO que impeça ou interrompa a atuação maligna em nossas vidas.

Aqui convém registrar que os cristãos não estão imunes ao mal. Caso contrário, não haveria motivo para CRISTO ensinar aos seus discípulos a orarem para serem libertos do mal. Ademais, o simples fato de vivermos no mundo nos torna sujeitos aos males que nele existem.

Todavia, o SENHOR acompanha aqueles que os servem mesmo nos seus momentos de angústia e dará livramento para eles.

Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei.

(Salmo 91:15 – Tradução: ACF)

II- O AGIR DE DEUS EM DIVERSAS FORMAS

Porém, devemos lembrar que o livramento de DEUS nem sempre coincide com a nossa perspectiva de livramento, isto é, o SENHOR estará sempre com os seus servos e dará vitória a eles, mas, por vezes, o momento dessa vitória e a própria vitória em si não será da maneira que imaginamos.

Por exemplo, no início da Igreja, houve diversos momentos em que a Igreja foi perseguida, inclusive com o assassinato de alguns cristãos. Em uma dessas perseguições, o Apóstolo Pedro foi preso, mas na noite anterior ao julgamento, DEUS enviou um anjo que libertou Pedro da prisão de forma milagrosa (Atos dos Apóstolos 12:1-12). Ora, DEUS poderia ter agido de diversas outras formas, como por exemplo, fazendo com que os cristãos não fossem perseguidos ou evitando que Pedro fosse preso ou, permitindo que Pedro fosse julgado e, provavelmente, condenado à morte. Aliás, segundo a história cristã, em momento futuro, Pedro foi crucificado de cabeça para baixo em Roma.

Em suma, a libertação milagrosa da prisão foi a forma de DEUS abençoar Pedro e a Igreja naquele momento. Talvez isso tenha permitido que o testemunho a favor de CRISTO fosse mais impactante ainda. Todavia, o importante é que, como a vontade de DEUS é perfeita (Romanos 12:2), essa libertação do cárcere foi a melhor forma do SENHOR abençoar a Igreja – naquele momento – e Pedro.

O que podemos ter certeza é de que “(...) todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:28 – Tradução: ACF)

Então, se, por exemplo, estamos doentes, DEUS (I) pode nos curar por intermédio de meios ordinários – como, por exemplo, capacitando os médicos para nos tratarem e/ou fazendo com que os remédios sejam eficazes –; (II) pode também nos curar milagrosamente; (III) mas pode, ainda, permitir que não sejamos curados ou que a cura seja dentro de um prazo muito extenso.

Todavia, independentemente dessas infinitas possibilidades de consequências da doença, a vitória de DEUS estará presente para os que O servem.

Portanto, quando o cristão não é curado, isso não significa que o mal venceu; mas apenas que o cristão, com CRISTO, venceu, mesmo permanecendo doente.

Primeiro, porque o SENHOR nunca nos abandona. Isso quem garante é o próprio CRISTO, o qual, após a ressurreição, apareceu aos discípulos e disse: (...) “eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" (Evangelho de Mateus 28:20 – Tradução: NVI).

Portanto, DEUS estará conosco, seja quando estamos enfermos, seja em qualquer outra situação adversa.

Além disso, CRISTO nos abençoa poderosamente mesmo durante todos os processos difíceis de nossa vida – enfermidades, dívidas, tristezas, angústias etc. – e NELE temos a vitória que precisamos.

graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo (...)

(2 Coríntios 214 – Tradução: ACF) ------------

Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: "Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro". Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.

(Romanos 8:3537 – Tradução: NVI)

III – O PODER DA ORAÇÃO

Sob outro aspecto, a par de estarmos sujeitos ao mal, não podemos nos conformar em sermos tentados, oprimidos ou atingidos pelos males, isto é, não podemos ter uma posição de submissão ao mal.

Tanto que JESUS nos ensina, na oração do Pai Nosso, a orarmos por libertação.

Aliás, o SENHOR deseja que estejamos protegidos em face das investidas do Maligno. Tanto que, pouco antes de sua morte sacrificial e sua ressurreição gloriosa, ELE orou ao PAI em favor dos discípulos da seguinte forma:

“Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno.”

(João 17:15 – Tradução: NVI)

No que diz respeito ao mal mencionado por JESUS na oração do Pai Nosso, estudiosos afirmam que esse mal é o próprio Satanás – outros aceitam como uma referência ao mal de forma genérica.

Como pessoas falhas e limitadas, não temos em nós mesmos recursos suficientes para encarar e resistir às ações espirituais do Maligno.

Por isso, os discípulos devem evitar a tentação, “...não porque não confiem em Deus, mas porque eles sabem que sem Deus têm deploráveis recursos para resistir ao mal”; os discípulos do SENHOR “percebem que a vontade e a perseverança são pequenas e que estão desesperadamente carentes da fortificação de Deus” (Comentário ao Evangelho de Mateus. James B. Shelton. Em Comentário Bíblico Pentecostal. Novo Testamento. Editado por French L. Arrington e Roger Stronstad. Rio de Janeiro: CPAD, 2004. 2ª ed. p. 55).

Todavia, devemos estar certos que DEUS tem todo o poder para agir em nossas vidas e para derrotar o mal.

Ora, o SENHOR é o DEUS TODO-PODEROSO (Gênesis 17:1). JESUS, após ressuscitar dos mortos, afirmou que lhe foi “(...) dada toda a autoridade no céu e na terra” (MATEUS 28:18 – tradução NVI). O Espírito Santo intercede por nós (Romanos 8:26). Assim, o DEUS TRIUNO – PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO – tem todo o poder e age em nosso favor.

Não é demais lembrar que o ALTÍSSIMO é onipotente.

Então Jó respondeu ao Senhor: "Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado.” (Jó 42:1-2 – Tradução: NVI)

Portanto, CRISTO nos ensina a pedir ao PAI para nos livrar do mal, porque DEUS tem o poder de nos afastar do mal, porque – conforme consta da própria oração do Pai Nosso – do SENHOR é o Reino, o poder e a glória para sempre (Mateus 6:13). Nada, nem ninguém pode impedir a ação de DEUS (Isaías 43:13).

Se o supremo-poder pertence a DEUS, o mal não pode nos vencer se estivermos abrigados NELE.

“O nome do Senhor é uma torre forte; os justos correm para ela e estão seguros.”

(Provérbios 18:10).

JESUS nos instrui que devemos permanecer NELE para darmos fruto e que, permanecendo NELE, nossos pedidos serão atendidos (Evangelho de João 15:1-7).

Dessa forma, devemos pedir ao PAI que nos que nos dê livramento para que não sejamos expostos ao mal e, caso já estivermos expostos, que ELE nos salve das ações das trevas e de tudo que está atrelado à maldade. Em outras palavras: Precisamos nos apegar a DEUS para nos blindar em relação a tudo que se opõe ao ALTÍSSIMO, bem como para nos libertar dos males que já estão agindo contra nós.

O que pedimos de acordo com a vontade de DEUS, ELE nos ouve e nos atende (1 João 5:14-15 – Tradução: NVI). Como foi JESUS Quem nos ensinou a oração do Pai Nosso, essa oração é de acordo com a vontade de DEUS.

Logo, se realmente quisermos estar libertos do mal, DEUS responderá afirmativamente a esse pedido/desejo apresentado em oração, já que também é da vontade do SENHOR que estejamos libertos do mal.

Portanto, podemos ter confiança na oração.

Devemos, portanto, nos aproximar de DEUS e nos abrigarmos debaixo de SUA autoridade para encontrarmos proteção contra todos os tipos de males.

Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-poderoso pode dizer ao Senhor: Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio. Ele o livrará do laço do caçador e do veneno mortal. Ele o cobrirá com as suas penas, e sob as suas asas você encontrará refúgio; a fidelidade dele será o seu escudo protetor. Você não temerá o pavor da noite, nem a flecha que voa de dia, nem a peste que se move sorrateira nas trevas, nem a praga que devasta ao meio-dia. Mil poderão cair ao seu lado, dez mil à sua direita, mas nada o atingirá. (...) "Porque ele me ama, eu o resgatarei; eu o protegerei, pois conhece o meu nome."

(Salmo 91:1-7 e 14 – Tradução: NVI)

IV – A IMPORTÂNCIA DA SANTIFICAÇÃO

Também devemos nos lembrar que o SENHOR é SANTO, portanto, para termos comunhão com ELE, devemos buscar nos afastar de toda maldade.

Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: "Sejam santos, porque eu sou santo".

(1 Pedro 1:15-16. Tradução: NVI)

Porém, temos o livre arbítrio. Então, temos que nos decidir nos aproximarmos de DEUS e nos afastar-nos do mal.

“‘Se, porém, não lhes agrada servir ao Senhor, escolham hoje a quem irão servir (...). Mas, eu e a minha família serviremos ao Senhor’.”

(Josué 25:15)

V - CONCLUSÃO

Podemos, portanto, orar ao PAI em nome de JESUS, sabendo que o ESPÍRITO SANTO também está intercedendo em nosso favor. DEUS impedirá ou interromperá a atuação maligna em nossas vidas. Convém buscarmos e vivermos essa libertação abrigados debaixo da sombra do ALTÍSSIMO, o qual cuidará de nós com o infinito amor DELE.

Que DEUS nos liberte do mal e nos mostre toda a sua bondade!