JESUS pacífico
- Leonardo&Suzanne
- 15 de dez. de 2022
- 4 min de leitura
Atualizado: 22 de dez. de 2022
Mas um dos que estavam ali com Jesus tirou a espada, atacou um empregado do Grande Sacerdote e cortou uma orelha dele. Aí Jesus disse: “Guarde a sua espada, pois quem usa uma espada será morto por uma espada”.
(Mateus 26:51-52 – Tradução: NTLH)
------------
Quando os discípulos que estavam com Jesus viram o que ia acontecer, disseram: “Senhor, devemos atacar essa gente com as nossas espadas?” Um deles feriu com a espada o empregado do Grande Sacerdote, cortando a sua orelha direita. Mas Jesus ordenou: “Parem com isso!” Aí tocou na orelha do homem e o curou.
(Lucas 22: 49-51– Tradução: NTLH)
As passagens bíblicas acima se referem ao momento da prisão de JESUS. Esse momento em que uma espada foi utilizada está muito bem detalhado na Palavra de DEUS, tanto que no Evangelho de João (18:10) relata que o discípulo que fez o ataque com espada foi Pedro e a pessoa que teve a orelha decepada se chamava Malco.
JESUS, ao repreender a ação de Pedro e ao curar a lesão provocada em Malco – que estava envolvido na prisão de CRISTO –, deixou evidente que sua missão era de paz e ELE não permitiria que a situação servisse de pretexto para tentarem descredibilizar o seu ministério como pacífico.
Nesse ponto, vários séculos antes da vinda do MESSIAS, o DEUS VIVO revelou ao profeta Isaías que um dos nomes de CRISTO seria PRÍNCIPE DA PAZ.
Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os Seus ombros. E Ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz.
(Isaías 9:6 – Tradução: NVI)
“Na antiguidade, o ‘nome’ do indivíduo resumia quem ele era (...)”[1]. Em outras palavras, o PAI deixa evidente nas Escrituras que a paz faz parte da essência do SALVADOR DO MUNDO.
Essa profecia presente no livro bíblico de Isaías nos comunica que o Reino de JESUS é “caracterizado por shalom, saúde, bem-estar, prosperidade, felicidade e ausência de inimizade”[2].
A paz de JESUS é deferente da paz do mundo, porque “nas suas saudações de paz, o mundo somente consegue expressar um anseio ou um desejo. Mas a paz de JESUS é real e presente.”[3].
A paz terrena “normalmente é definida como ausência de conflito”; a paz de CRISTO “é a confiante segurança, em qualquer circunstância. Com a paz de Cristo, não precisamos temer o presente nem o futuro. O pecado, o medo, a incerteza, a dúvida e várias outras forças estão em conflito dentro de nós. A paz de Deus entra em nossos corações e em nossas vidas, para reprimir essas forças hostis, e oferecer consolo, em lugar de conflito.”[4]
JESUS, em seu ministério terreno, ensinou a respeito da paz e, como visto, praticou a paz. Além disso, CRISTO ofertou a paz DELE com sua morte sacrificial na cruz do calvário. Foi um alto preço, para oferecer a todos a possibilidade de se reconciliarem com DEUS (1 Timóteo 2:5-6), isto é, de termos paz com o SENHOR.
Por isso, pouco antes de ser morto na cruz – e ressuscitar de forma gloriosa –, afirmou aos seus discípulos: “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo.” (João 14:27 – Tradução: NVI)
No que diz respeito à prática da paz, também nós temos a responsabilidade de buscar a paz, pois os servos de CRISTO devem seguir os exemplos DELE.
JESUS nos ensina que são “felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos” (Mateus 5:9 – Tradução: NTLH).
Ora, como DEUS é a essência da paz, seus filhos devem trabalhar pela paz, pois isso está de acordo com o caráter de DEUS.
“Deus é o Pacificador supremo, e seus filhos seguem o seu exemplo.”[5]
Não se está defendendo aqui, por exemplo, que as armas devem ser completamente rejeitadas, pois, se assim o fosse, estaríamos condenando, dentre outras coisas, a existência de uma segurança pública eficiente ou o direito de um país se defender de uma agressão estrangeira injusta.
Por outro lado, as guerras, os conflitos, as agressões – armadas ou não – devem ser evitadas.
O Apóstolo Paulo nos instrui que: “No que depender de vocês, façam todo o possível para viver em paz com todas as pessoas” (Romanos 12:18).
Portanto, devemos ser agentes da pacificação.
Os conflitos existem, mas devemos fazer todo esforço para não sermos os criadores ou os mantenedores dos conflitos. Ao contrário, devemos buscar pacificá-los, ou seja, devemos trabalhar para restabelecer a paz.
A Palavra de DEUS nos ensina que, para sermos agentes da paz:
- Devemos amar os nossos inimigos; bendizer os que nos maldizem; fazer o bem aos que nos odeiam e orar pelos que nos maltratam e nos perseguem (Mateus 5:44);
- Nunca devermos procurar vingança. Ao contrário: Devemos alimentar os inimigos quando tiverem fome e saciar a sede deles quando tiverem sede (Romanos 12:19-20).
Esses muitos outros ensinamentos bíblicos pertinentes deixam evidente que:
- A nossa posição de agentes da paz não se estabelece apenas pelo discurso, mas pela prática;
- A Palavra de DEUS nos mostra que a paz se conquista com atitudes humildes e com desprendimento em face dos que não estão no caminho da paz.
- Essas ações práticas em favor da paz muitas vezes exigem de nós o esforço e até mesmo o sacrifício de passar por cima da dor e do orgulho para fazermos a vontade pacífica de DEUS. Logo, o conceito comum de que os pacifistas são aqueles que sempre ficam inertes diante dos conflitos não está adequado ao padrão da Palavra de DEUS.
Que o SENHOR encha nossas vidas de paz e que, seguindo os passos de CRISTO, sejamos agentes da paz nesse mundo, em nome de JESUS!

[1]Comentários ao Evangelho de João 2:2. Em Bíblia de Estudo NVI. Organizador geral: Kenneth Barker. São Paulo: Editora Vida, 2003, p. 1791.
[2]Comentários ao Livro de Isaías 9:6-7. Em Bíblia de Estudo Plenitude. Barueri-SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2001, p. 671/72.
[3]Comentários a João 14:27. Em Bíblia de Estudo NVI. Organizador geral: Kenneth Barker. São Paulo: Editora Vida, 2003, p. 2038.
[4]Comentário ao Evangelho de João 14:27. Em Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Tradução: Degmar Ribas Júnior. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1473.
[5]Comentários ao Evangelho de Mateus 5:9. Em Bíblia de Estudo Plenitude. Barueri-SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2001, p. 953.
Comments